quarta-feira, 4 de julho de 2012

Amar-nos nos cura e nos faz felizes. E é o melhor presente que podemos oferecer aos outros!!!

O amor cura (Ho’oponopono)

Publicado en AMARSE A UNO MISMO – www.amarseaunomismo.com

O texto abaixo foi escrito pelo Dr. Joe Vitale. A história que nos conta e suas reflexões encerram um desafio e uma bênção: se aceitamos plenamente esses dois fatos: um, que temos uma forte influência criadora sobre o mundo que nos cerca; e o outro, que somos todos interconectados entre nós e, portanto, a doença dos outros e da sociedade e também doença nossa; então, podemos focalizar nossa energia em curá-la através do amor.
A cura do seu mundo começa em você!
Faz alguns anos, ouvi falar de um terapeuta no Havaí que curou um pavilhão complete de pacientes criminais com sérias patologias (loucos), sem nem mesmo ver algum deles. O médico estudava a ficha do preso e logo olhava para dentro de si mesmo para ver como ele (psiquiatra) havia criado[1] a doença dessa pessoa. Na medida em que ele melhorava, o paciente melhorava também. Este psiquiatra chama-se Dr. Ihaleakala Hew Len.

A primeira vez que ouvi esta história, pensei que era uma lenda urbana. Como podia alguém curar outra pessoa tratando de curar-se a si mesmo? E como podia, ainda que fosse um verdadeiro mestre, com um grande poder de autocura, curar criminosos loucos? Não tinha nenhum sentido, não era lógico. De modo que descartei esta história.

Assim mesmo, eu a ouvi novamente um ano depois. O terapeuta havia usado um processo de cura havaiano chamado “Ho’oponopono”.  Eu nunca tinha ouvido falar desta técnica, mas não podia deixar de pensar nessa história. Se estava totalmente correta, eu tinha que buscar saber mais sobre ela.

Eu sempre tinha ouvido que “total responsabilidade” signifcava que sou o responsável do que penso e faço. Mas o que está mais além de mim está for a das minhas mãos. Creio que a maioria das pessoas pensa o mesmo acerca da responsabilidade: somos responsáveis pelo que fazemos, não pelo que os outros fazem. Mas isto não é verdade.

O terapeuta havaiano que curou essas pessoas mentalmente doentes, o Dr. Ihaleakala Hew Len, me ensinaria uma nova perspectiva sobre o que é a total responsabilidade. Provavelmente conversamos uma hora no nosso primeiro encontro por telephone. Eu lhe pedi que me contasse a história complete do seu trabalho como terapeuta.

Ele me explicou que havia trabalhado no Hospital Estatal do Havaí durante quarto anos. O pavilhão em que encerravam os enfermos criminais era perigoso. Via de regra os médicos renunciavam depois de um mês trabalhando aí. A maior parte dos membros do serviço de pessoal adoeciam em pouco tempo, ou simplesmente se demitiam. As pessoas que atravessavam o pavilhão caminhavam com as costas contra a parede, por medo de ser atacadas pelos pacientes. Não era um lugar prazeroso para viver, nem para trabalhar, nem para visitar.

O Dr Len me disse que nunca viu os pacientes. Concordou em ter um consultório e estudar os registros [dos pacientes]. Enquanto lia os registros, trabalhava sobre si mesmo. E à medida que fazia isto, os pacientes melhoravam.
“Depois de poucos meses, os que deviam permanecer acorrentados recebiam a permissão de caminhar livremente”, disse ele. “Outros, que tinham que ser permanentemente medicados, tinham suas doses reduzidas. E alguns, que não teriam jamais a possibilidade de ser libertados, receberam alta”.

Eu estava assombrado. “Não somente isto”, continuou, “mas o pessoal de serviço começou a ter prazer com o trabalho.
“O absenteísmo e as mudanças de pessoal diminuíram drasticamente. Terminamos com mais gente do que precisávamos, porque os pacientes eram liberados, mas todo o pessoal continuava vindo trabalhar. Hoje o pavilhão está fechado.”
Foi então que, logicamente, eu fiz a pergunta do milhão de dólares: “Que fazia o senhor consigo mesmo para provocar a mudança nestas pessoas?”
“Simplesmente estava curando a parte de mim que havia criado suas enfermidades”, disse ele. Não entendi. O Dr. Len me explicou que a total responsabilidade se estende a tudo que está presente em sua vida, simplesmente porque está em sua vida. É sua responsabilidade no sentido literal. Todo o mundo é sua criação.

Uau! Isto é muito difícil de aceitar. Ser responsável pelo que eu faço ou digo é uma coisa. Mas ser responsável pelo que outro que esteja na minha vida faça ou diga é coisa muito diferente. Se você assume completa responsabilidade pela sua vida, então tudo que vê, escuta, saboreia, toca ou experimenta, de qualquer forma, é sua responsabilidade. Isto significa que a atividade terrorista, o presidente do seu país, a economia ou qualquer coisa que você experimenta e não gosta, estão aí para que você as cure. Não existem, por assim dizer, exceto como projeções que saem do seu interior. O problema não está lá fora, está em si, e para resolvê-lo você tem que se curar.

Sei que isto é difícil de aceitar, muito menos de vivê-lo realmente. Pôr a culpa no outro é muito mais fácil que assumir a total responsabilidade. Mas enquanto falava com o Dr. Len, comecei a compreender que esta cura tão particular, o  Ho’oponopono, significa amar-se plenamente a si mesmo.

Se você quer melhorar sua vida, deve curar sua vida. Se você quer curar alguém, ainda que seja um criminoso doente mental, você vai fazer isto curando-se a si mesmo. Perguntei ao Dr. Len como ele curava a si mesmo, que fazia exatamente quando lia os registros dos pacientes. “Simplesmente dizia ‘Sinto muito’ e ‘te amo’, repetidas vezes”.  “Sinto muito... te amo”, só isto?

“Só isto”. Acontece que amar-se a si mesmo é a melhor forma de melhorar-se a si mesmo. E enquanto você melhora a si mesmo, melhora o seu mundo.”

Permita-me dar um rápido exemplo de como isto funciona: na oportunidade eu recebi uma mensagem eletrônica muito agressiva, que me desequilibrou. Normalmente eu teria tentado manejar a situação trabalhando sobre meus aspectos emocionais mais negativos ou tentando raciocinar com a pessoa que enviou a mensagem. Desta vez decidi provar o método do Dr. Len. Comecei a pronunciar silenciosamento “Sinto muito” e “Te amo”. Não dizia a ninguém em particular. Simplesmente estava invocando o espírito do amor para curar, dentro de mim, o que estava criando essa circunstância externa. Ao final de uma hora recebi outro emeio da mesma pessoa. Ela se desculpava pela mensagem anterior. Entendam que não realizei nenhuma ação externa que provocasse a desculpa. Nem mesmo respondi à mensagem. No entanto, só dizendo “te amo”, de algum modo curei dentro de mim o que estava criando nessa pessoa.

Mais tarde assisti a uma oficina de Ho’oponopono dirigida pelo Dr. Len, que tem agora mais de 70 anos e é um xamã venerável e solitário. Elogiou meu livro, “O Fator Atrativo”. Disse-me que enquanto eu melhore a mim mesmo, a “vibração” do meu livro aumentará e todos sentirão isto quando o lerem. Em resumo: a medida que eu melhore a mim mesmo, meus leitores vão melhorar também.

“E que vai acontecer com os livros que já vendi e já não estão comigo?” perguntei.
“Na verdade, ainda estão com você”, explicou mais uma vez soprando na minha mente a sua sabedoria mística. “Ainda estão dentro de você.” Em suma: não há fora. Eu teria que tomar um libro inteiro para explicar esta técnica com a profundidade necessária, para transmitir algo assim como que quando você quiser melhorar qualquer aspecto ou situação em sua vida, só tem um lugar para tentar isto: dentro de você. E quando você olhar para dentro, faça isto com amor. Dr. Joe Vitale


[1] NT: melhor dizer “havia contribuído para criar”...