segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Educação: abismo entre a universalização do acesso e a qualidade no ensino

Na avaliação do PISA, ficamos à frente apenas da Tunísia, Catar e Quirquistão


Educação básica de qualidade para todos? Para realizar em sua plenitude o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio n.º 2 (Educação Básica de Qualidade para Todos), precisamos garantir a conclusão do Ensino Fundamental e Médio e melhorar a qualidade do aprendizado, sempre buscando os níveis dos países mais prósperos.
Comparando-se os dados de hoje com os de 1991, evoluímos bastante na freqüência escolar de crianças e jovens, principalmente no Ensino Fundamental. No Médio, apesar de ainda precisarmos avançar em relação à freqüência escolar, o maior desafio está na conclusão e na qualidade do ensino.

Acesso à educação

A taxa de freqüência de crianças de 7 a 14 anos passou de 83%, em 1991, para 98% em 2009 no estado do Paraná. Em 1991, em um grupo de 50 crianças, oito estavam fora da sala de aula. Já em 2009 uma criança em cada 50 estava fora da sala de aula, o que representava 35 mil crianças.
Em 2009, entre 15 e 17 anos, existiam 10 jovens fora da escola a cada 50, destes 40 que freqüentavam a escola, nove estavam defasados quanto ao nível de ensino e apenas um adiantado, cursando o Ensino Superior.

Fonte: IBGE - Censo Demográfico 1991 e PNAD 2009
Para este levantamento são computadas apenas crianças e jovens que moram em domicílios permanentes, o que exclui as crianças de rua. Além disso, alguns casos graves de doenças ou deficiências muitas vezes são impeditivos para a freqüência na escola, fazendo com que o alcance de 100% seja utópico.

Conclusão do Ensino Básico

Ensino Fundamental

Muitos estudantes estão concluindo o Ensino Fundamental. Entre 1991 e 2009, quase dobrou do número de concluintes desta fase, sendo que a população na faixa etária de 15 a 17 anos aumentou apenas 7% no mesmo período.
Neste contexto, seria esperado um aumento do número de estabelecimento de ensino, mas na verdade houve uma redução de quase a metade deles de 1991 até 2009. Os colégios particulares, por sua vez, dobraram o número de vagas, representando atualmente 13% do total.
Este fato está relacionado, entre outros fatores, à Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (Emenda Constitucional 9394/96) que transferiu para os municípios a responsabilidade da gestão no Ensino Fundamental.
Orbis - Gráfico: Ideb, Frequência ensino fundamental, médio.
 
Fonte: IBGE - Censo Demográfico 1991 e PNAD 2009

Ensino Médio

Em relação ao Ensino Médio, houve uma redução de 95 mil para 13 mil os jovens de 15 a 17 anos no período de 1991-2009 que deveriam frequentar o ensino médio, mas não tinham completado ainda sequer quatro anos de estudo.
Aumentou quase três vezes o número de concluintes do Ensino Médio, havendo um crescimento do número de estabelecimento próximo à proporção do aumento dos concluintes. O crescimento das particulares, no entanto, foi menor que o das públicas.
Apesar do avanço no número de concluintes do Ensino Médio, é preciso manter mais jovens na escola por mais tempo, já que 9% deles pararam de estudar sem ao menos terminar o Ensino Fundamental. Outros 18% estão ainda cursando o Fundamental e apenas 62% freqüentam o Ensino Médio ou Superior.

Como estamos no cenário internacional

Nas avaliações internacionais de qualidade de aprendizagem, o Brasil não figura entre os melhores. O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) avalia os alunos segundo a leitura, matemática e ciências. Na primeira avaliação, em 2000, o Brasil, entre 49 participantes, só ficou na frente do Peru em todos os critérios. Na última avaliação, em 2006, dos 55 participantes, ficamos à frente da Tunísia, Catar e Quirquistão nestes critérios. A melhor colocação do Brasil foi 48.º em leitura, à frente da Argentina.

Avaliação do PISA, segundo os critério de leitura, matemática e ciências - 2006

 Orbis - Gráfico: Leitura, Matemática, Ciências.



Fonte: PISA 2000, 2003 e 2006

Para melhorar esta situação, foi criado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixera, o INEP, em 2007, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB, um importante passo para avaliar a qualidade de ensino no país. Principalmente pela possibilidade de comparação entre municípios e escolas de diferentes dependências administrativas (pública - municipais, estaduais e federais - e particulares).
O IDEB sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação (progressão) e o desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática, gerando um índice numa escala de zero a dez. A meta deste índice para o Brasil é alcançar a nota 6,0 até 2022.
As metas do IDEB foram definidas com base no nível médio atual de qualidade educacional dos países desenvolvidos, membros da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE). O ano de 2022 foi escolhido em alusão ao bicentenário da Independência do Brasil (1822 - 2022), simbolizando a liberdade que a educação representa.

Pequena melhora

Na última avaliação, o Brasil apresentou pequena melhora em relação aos países membros da OCDE. Será, portanto, necessário um grande esforço para se aproximar dos níveis de qualidade de educação desses países, já que quando alcançarmos nossa meta, os países da OCDE também estarão em novos patamares.
O desempenho dos alunos em matemática foi o que mais avançou na comparação entre 2000 e 2006, reduzindo a diferença para a média da OCDE, de 50% para 31% menor. Em leitura e ciências, a diferença e de 23% e 26% menor, respectivamente.
No próximo relatório do PISA, que sairá no final deste ano, poderemos avaliar se a criação do IDEB tem contribuído para melhorar nossa posição no ranking internacional.

Fonte : http://www.orbis.org.br/


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Considerações Importantes sobre a Mente à luz da filosofia oriental.


(Aviso Importante: Se você não puder ler este texto todo não comece, ou não fará o menor sentido para você. Talvez não seja esta a sua hora de ir além dos seus limites, então respeite o seu tempo de saber das coisas. Mas, se você acredita que vai poder ler todo o texto então eu te desafio a mergulhar nesta agradável leitura, despindo-se de mais uma camada de preconceitos e mergulhando na agradável seara do auto-conhecimento. Boa Leitura.)

"A coisa mais difícil, quase impossível, para a mente, é permanecer no meio, é permanecer equilibrada. E o mais fácil é movimentar-se de um pensamento para o seu oposto. Movimentar-se de uma polaridade para a polaridade oposta é a natureza da mente. Isso tem que ser entendido muito profundamente, porque sem que você entenda isso, nada poderá levar você à meditação. "

A natureza da mente é movimentar-se de um extremo a outro, ela depende do desequilíbrio. Se você estiver equilibrado, a mente desaparece. A mente é como uma doença: quando você está desequilibrado ela está ali, quando você está equilibrado ela não está ali.

É por isso que é fácil para uma pessoa que come muito fazer jejum. Isso parece sem lógica, porque nós pensamos que uma pessoa que é obcecada por comida não consegue jejuar. Mas você está errado. Somente uma pessoa que é obcecada por comida pode jejuar, porque jejuar é a mesma obsessão no sentido oposto. Na verdade não houve mudança em você. Você continua obcecado por comida. Antes você comia muito e agora você está faminto - mas o foco da mente continua na comida, a partir de um extremo oposto.

Um homem que tenha se entregue em demasia ao sexo, pode ser tornar um celibatário muito facilmente. Não há nenhum problema. Mas é difícil para a mente fazer uma dieta certa, é difícil para a mente estar no meio.

Porque é difícil estar no meio? Isso é exatamente igual ao pêndulo de um relógio. O pêndulo vai para a direita, e daí se move para a esquerda, então de novo para a direita, e depois de novo para a esquerda. O relógio inteiro depende desse movimento. Se o pêndulo parar no meio, o relógio pára. E quando o pêndulo se move para a direita, você pensa que ele está somente indo para a direita. Mas, ao mesmo tempo que ele está indo para a direita, ele está juntando momento* para ir para a esquerda. Quanto mais ele se move para a direita, mais energia ele reúne para se mover para a esquerda, para o oposto. Quando ele está se movendo para a esquerda ele está de novo reunindo momento para se mover para a direita.

Sempre que você come demais, você está reunindo momento para fazer jejum. Sempre que você se entrega em demasia ao sexo, mais cedo ou mais tarde, o celibato, o brahmacharya se tornará atraente para você.

E o mesmo está acontecendo a partir do pólo oposto. Vá e pergunte aos chamados sadhus, aos bhikkhus, aos sannyasins. Eles firmaram um propósito de permanecer celibatários; e agora a mente deles está reunindo momento para se movimentar em direção ao sexo. Eles firmaram um propósito de ficarem com fome, de passar fome e a mente deles está constantemente pensando em comida. Quando você está pensando muito a respeito de comida, isso mostra que você está reunindo momento para comer. Pensar significa momento. A mente começa fazer arranjos para ir ao oposto.

A primeira coisa: sempre que você se move, você também está se movendo para o oposto. O oposto está escondido, ele não é aparente.

Quando você ama uma pessoa, você está reunindo momento para odiá-la. É por isso que somente amigos podem se tornar inimigos. Você não pode se tornar um inimigo sem que primeiro você tenha se tornado um amigo. Amantes discutem e brigam. Só os amantes podem discutir e brigar, porque a não ser que você ame, como você poderá odiar?A não ser que você tenha se movido para a extrema esquerda, como você poderá se mover para a direita? Pesquisas modernas dizem que isso que se chama amor é um relacionamento de íntima inimizade. Sua esposa é a sua inimiga íntima e seu marido é o seu inimigo íntimo - ambos inimigos e íntimos. Parecem opostos, sem lógica, porque nós ficamos ponderando como alguém que é íntimo pode ser inimigo? Alguém que é amigo, como pode também ser o adversário?

A lógica é superficial. A vida vai mais fundo. Na vida, todos os opostos se juntam, eles existem juntos. Lembre-se disso, porque então meditação se torna equilíbrio.

Buda ensinou oito disciplinas e para cada disciplina ele usava a palavra certa. Ele dizia: o esforço certo, porque é muito fácil mover-se da ação para a inação, do despertar para o dormir, mas permanecer no meio é difícil. Quando Buda usa a palavra certa, ele estava dizendo: não se mova para o oposto, simplesmente permaneça no meio. A comida certa - ele nunca disse jejum. Não se entregue em demasia à comida e não se entregue ao jejum. Ele dizia: comida certa. Comida certa significa permanecer no meio.

Quando você permanece no meio você não está reunindo momento algum. E essa é a beleza disso: um homem que não está reunindo momento algum para se mover a qualquer lugar, pode estar à vontade consigo mesmo, pode se sentir em casa.

Você nunca pode se sentir em casa, porque qualquer coisa que você faz, imediatamente você terá que fazer o oposto para equilibrar. E o oposto nunca equilibra, ele simplesmente dá a você a impressão de que você está se tornando equilibrado, mas você terá que se mover para o oposto de novo.

Um buda não é amigo nem inimigo de alguém. Ele simplesmente parou no meio - o relógio não está funcionando... Quando a sua mente pára, o tempo pára, quando o pêndulo pára, o relógio pára...

O tempo é criado pelo movimento da mente, exatamente como o movimento do pêndulo. A mente se move, você sente o tempo. Quando a mente não está se movimentando, como você pode sentir o tempo? Quando não há qualquer movimento, o tempo não pode ser sentido. Cientistas e místicos concordam nesse ponto: que o movimento cria o fenômeno do tempo. Se você não está se movendo, se você está parado, o tempo desaparece, a eternidade chega à existência.

O seu relógio está se movendo rapidamente e o seu mecanismo é movimento de um extremo ao outro.

A segunda coisa a ser entendida a respeito da mente é que a mente sempre quer o que está distante, nunca o que está perto. O que está perto é enfadonho, você fica farto dele. O distante lhe dá sonhos, esperanças, possibilidades de prazer. Assim, a mente sempre está pensando no distante. É sempre a mulher de alguma outra pessoa que é atraente e bonita; é sempre a casa de alguma outra pessoa que o obceca; é sempre o carro de alguma outra pessoa que fascina você. É sempre o que está distante. Você fica cego para o que está perto. A mente não consegue ver aquilo que está muito perto. Ela somente pode ver aquilo que está muito longe.

E o que está muito longe, o que está mais distante? O que está mais distante é o oposto. Você ama uma pessoa - agora o fenômeno mais distante é o ódio. Você está comendo demais - agora o fenômeno mais distante é o jejum. Você está celibatário - agora o fenômeno mais distante é o sexo. Você é um rei - agora o fenômeno mais distante é ser um monge.

O que está mais distante é aquilo com que sonhamos mais. Ele atrai, ele obceca, ele segue chamando, convidando você e então, quando você tiver alcançado o outro pólo, este local de onde você partiu em caminhada se tornará belo novamente. Divorcie-se de sua esposa e após uns poucos anos ela terá ganho beleza novamente...

Para a mente, o oposto é magnético e a não ser que, através da compreensão, você transcenda isso, a mente continuará se movendo da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, e o relógio continua. Ele tem continuado por muitas vidas e é assim que você tem sido enganado - porque você não compreende o mecanismo. De novo o distante se torna atraente e de novo você começa uma nova caminhada. E no momento em que você alcança o seu objetivo, aquilo que antes era seu conhecido e que agora está distante, de novo se torna atraente, agora se torna uma estrela, alguma coisa valiosa.

Eu estive lendo a respeito de um piloto que estava voando sobre a Califórnia com um amigo. Ele lhe disse: "Veja lá embaixo aquele belo lago. Eu nasci perto dele, ali está a minha vila". Ele apontou para uma pequena vila numa colina próxima ao lago. E ele disse: "Eu nasci ali e quando eu era criança eu costumava sentar próximo ao lago para pescar. Pescar era o meu hobby. Mas naquela época, quando eu era criança e pescava no lago, os aviões sempre costumavam cortar o céu, passando sobre a minha cabeça, e eu sonhava com o dia em que eu próprio me tornaria um piloto e estaria pilotando um avião. Aquele era meu único sonho. Agora ele está realizado e que miséria! Agora eu continuamente olho para aquele lago lá em baixo e fico pensando no dia em que eu estiver aposentado para poder ir pescar nele de novo. Aquele lago é tão lindo..."

É assim que as coisas acontecem. É assim que as coisas têm acontecido com você. Na infância você queria crescer depressa porque as pessoas mais velhas eram mais poderosas. Uma criança quer crescer imediatamente. As pessoas mais velhas são sábias e a criança sente que qualquer coisa que ela faça está sempre errado. Pergunte então a uma pessoa mais velha. Ela sempre acha que quando a infância se foi, tudo foi perdido, o paraíso estava ali, na infância. E todos os velhos morrem pensando na infância, na inocência, na beleza, no mundo de sonhos.

Qualquer coisa que você tenha, parece sem utilidade; qualquer coisa que você não tenha parece de grande utilidade. Lembre-se disso porque senão a meditação não poderá acontecer, porque meditação significa essa compreensão da mente, do trabalho da mente, do verdadeiro processo da mente.

A mente é dialética, ela faz com que você se mova repetidas vezes em direção aos opostos. E isso é um processo infinito, ele nunca se acaba, a não ser que você, de repente, o abandone, a não ser que, de repente, você se torne consciente do jogo, a não ser que, de repente, você se torne alerta a respeito da trapaça da mente, e você pare no meio.

Parar no meio é meditação.

A terceira coisa: porque a mente consiste em polaridades, você nunca é um todo. A mente não pode ser um todo, ela sempre é metade. Quando você ama alguém, você já observou que você está suprimindo o seu ódio? O amor não é total, ele não é um todo, exatamente atrás dele todas as forças escuras estão escondidas e elas podem entrar em erupção a qualquer momento. Você está sentado em cima de um vulcão.

Quando você ama alguém, você simplesmente se esquece de que você tem raiva, de que você tem ódio, de que você é ciumento. Você simplesmente deixa tudo isso de lado, como se isso nunca tivesse existido. Mas como você pode deixar tudo isso de lado? Você pode simplesmente esconder no inconsciente. Assim, na superfície você pode se tornar amoroso, mas lá no fundo o tumulto está escondido. Mais cedo ou mais tarde você vai ficar de saco cheio, o amado terá se tornado familiar.

Dizem que a familiaridade cria desprezo, mas não é que a familiaridade cria desprezo - a familiaridade faz você ficar de saco cheio. O desprezo esteve sempre ali, escondido. Ele vem à tona, ele só estava esperando o momento certo, a semente estava ali.

A mente sempre tem o oposto dentro dela e esse oposto vai para o inconsciente e fica ali esperando pelo seu momento para vir à tona. Se você observar minuciosamente, você sentirá isso a todo momento. Quando você diz para alguém "eu te amo" feche os seus olhos, seja meditativo, e sinta - existe algum ódio escondido? Você irá senti-lo. Mas você não quer encarar isso porque a verdade é muito feia - a verdade que você sente ódio pela pessoa que você ama - por isso você engana a si mesmo. Você quer escapar da realidade, assim você esconde. Mas, esconder não vai ajudar, porque assim você não está enganando à outra pessoa, você está enganando a si mesmo.

Assim, sempre que você sentir alguma coisa, feche os olhos e vá para dentro de si mesmo para encontrar o oposto em algum lugar. Ele está ali. E se você puder ver o oposto, isso dará a você um equilíbrio. Então você não irá dizer "eu amo você". Se você for uma pessoa verdadeira você irá dizer: "meu relacionamento com você é de amor e ódio".

Todos os relacionamentos são relacionamentos de amor/ódio. Nenhum relacionamento é puro amor e nenhum relacionamento é puro ódio. Ele é ambos: amor e ódio. Se você for verdadeiro você estará em dificuldades. Se você disser para uma garota: "meu relacionamento com você é ambos: amor e ódio. Eu amo você como nunca amei alguém e eu odeio você como nunca eu odiei alguém", será difícil para você se casar, a não ser que você encontre uma garota meditativa, que possa compreender a realidade, a não ser que você possa encontrar uma amiga que possa compreender a complexidade da mente.

A mente não é um mecanismo simples. Ela é muito complexa e através da mente você nunca pode se tornar simples, porque a mente segue criando enganos. Ser meditativo significa estar alerta para o fato de que a mente está escondendo alguma coisa de você, de que você está fechando os olhos para alguns fatos que estão perturbando. Mais cedo ou mais tarde aqueles fatos perturbadores virão à tona, vão se apoderar de você, e você irá em direção ao oposto. E o oposto não está lá longe, num lugar distante, em alguma estrela. O oposto está escondido atrás de você, dentro de você, em sua mente, no próprio funcionamento da mente. Se você puder compreender isso, você irá parar no meio.

Se você puder ver o eu amo e o eu odeio, de repente, ambos irão desaparecer, porque ambos não podem existir juntos na consciência. Você tem que criar uma barreira: um terá que existir no inconsciente e o outro no consciente. Ambos não podem existir na consciência, eles irão negar um ao outro. O amor destruirá o ódio, o ódio destruirá o amor, eles terão que equilibrar um ao outro e eles simplesmente irão desaparecer. A mesma quantidade de ódio e a mesma quantidade de amor irão negar um ao outro. De repente eles irão evaporar - você estará ali, mas nenhum amor e nenhum ódio. Então você estará equilibrado.

Quando você está equilibrado, a mente não está lá - então você é um todo. Quando você é um todo, você é sagrado, mas a mente não está lá. Assim, meditação é um estado de não-mente. Através da mente esse estado não é alcançado. Através da mente, qualquer coisa que você fizer, ele nunca será alcançado. Então, o que você está fazendo quando você está meditando?

Pelo fato de você ter criado tanta tensão em sua vida, você agora está meditando. Mas isso é o oposto da tensão, não a verdadeira meditação. Você está tão tenso que a meditação se tornou atraente. É por isso que no Ocidente a meditação atrai mais do que no Oriente. É porque no Ocidente existe mais tensão do que no Oriente. O Oriente ainda está relaxado, as pessoas não estão tão tensas, elas não estão se enlouquecendo tão facilmente, elas não cometem suicídio tão facilmente. Elas não são tão violentas, tão agressivas, tão apavoradas, tão amedrontadas - não, elas não estão tão tensas. Elas não estão vivendo essa correria louca onde nada além de tensão é acumulado.

Assim, se o Mahesh Yogi vier à Índia, ninguém o escutará. Mas na América, as pessoas ficam loucas com ele. Quando existe muita tensão, a meditação atrai. Mas essa atração é de novo a mesma armadilha. Isso não é verdadeira meditação, isso é de novo um engano. Você medita por uns poucos dias, você se torna relaxado e, quando você se torna relaxado, de novo surge a necessidade de atividades. Você fica de saco cheio e a mente começa a pensar em fazer alguma coisa, em se movimentar.

As pessoas chegam a mim e dizem: "nós meditamos por alguns anos mas agora isso ficou chato, perdeu a graça". Há poucos dias uma garota veio a mim e disse: "agora a meditação não tem mais graça alguma, o que eu devo fazer?"

Agora a mente está procurando por alguma outra coisa, agora ela já teve bastante meditação. Agora que ela já está relaxada, a mente está pedindo por mais tensões - alguma coisa que possa perturbá-la. Quando ela diz que agora a meditação não tem mais graça, ela quer dizer que agora não há mais tensão, assim como pode a meditação ter graça? Ela terá que ir atrás de tensões novamente, aí a meditação de novo se tornará algo valioso.

Veja o absurdo da mente: você tem que ir embora para chegar perto, você tem que se tornar tenso para ser meditativo. Mas isso não é meditação, de novo isso é uma trapaça da mesma mente. Numa nova dimensão, o mesmo jogo continua.

Quando eu digo meditação, eu quero dizer: ir além das polaridades opostas, deixar de lado todo o jogo, olhar para o absurdo disso e transcendê-lo. A própria compreensão se torna transcendência.

A mente forçará você a se mover para o oposto - não se mova para o oposto. Pare no meio e veja que isso tem sido sempre uma trapaça da mente. É assim que a mente tem dominado você - através do oposto. Você já percebeu isso?

Depois de fazer amor com uma mulher, você de repente começa a pensar em abstinência sexual, brahmacharya e isso exerce uma fascinação tão persuasiva que naquele momento você sente como se nada mais existisse para ser alcançado. Você se sente frustrado, enganado, você sente que não havia nada naquele sexo e que somente bramacharya contém a felicidade. Mas depois de vinte e quatro horas, o sexo de novo se torna importante, e de novo você se move para ele.

O que a mente está fazendo? Depois do ato sexual ela começa a pensar no oposto, o qual, de novo, cria a vontade do sexo.

Um homem violento começa a pensar na não-violência, então ele poderá facilmente se tornar violento de novo. Um homem que fica raivoso repetidamente, sempre pensa em não ter raiva, sempre decide não ficar raivoso novamente. Essa decisão ajuda-o a ficar com raiva de novo.

Se você realmente não quiser ficar raivoso de novo, não tome decisão contra a raiva. Simplesmente olhe para a raiva e olhe para essa sombra da raiva que você pensa que é não ter raiva. Olhe para o sexo e para essa sombra do sexo que você pensa que é brahmacharya, abstinência sexual. Isso é só negatividade, ausência. Olhe para o excesso do comer e para a sua sombra que é o jejum. Jejuns sempre seguem o comer demais, a indulgência demasiada é sempre seguida por votos de celibato; a tensão é sempre seguida por algumas técnicas de meditação. Olhe para essas coisas juntas, sinta como elas estão relacionadas, como elas são parte de um só processo.

Se você puder compreender isso, a meditação acontecerá em você. Na verdade, ela não é algo a ser feito, ela é uma questão de compreensão. Ela não é um esforço, ela não é algo a ser cultivado. Ela é algo a ser profundamente compreendido.

Compreensão dá liberdade. Conhecer todo o mecanismo da mente é transformação. Então, de repente, o relógio pára, o tempo desaparece. E parando o relógio, não existe mente. Parando o tempo, onde você está? O barco está vazio.

O homem do Tao age sem impedimentos.... Você age sempre com impedimentos, o oposto está sempre ali criando o impedimento, você não é um fluxo.

Se você ama, o ódio está sempre ali como um impedimento. Se você se movimenta, alguma coisa está puxando você para trás, você nunca se move totalmente, alguma coisa sempre fica para trás, o movimento não é total. Você se move com uma perna, mas a outra perna não se move. Como você pode se mover? O impedimento está ali.

A sua angústia, a sua ansiedade é esse impedimento, é essa contínua movimentação de uma metade e não movimentação da outra metade. Por que você está tão angustiado? O que cria tanta angústia em você? Qualquer coisa que você faz, porque você não fica feliz fazendo aquilo? A felicidade somente pode acontecer para o todo, nunca para a parte.

Quando o todo se movimenta sem qualquer impedimento, o próprio movimento é felicidade. Felicidade não é alguma coisa que vem de fora - ela é uma sensação que vem quando o seu Ser como um todo se movimenta, o próprio movimento do todo é felicidade. Não é alguma coisa acontecendo para você, ela surge a partir de você, ela é uma harmonia no seu Ser.

Se você está dividido - e você está sempre dividido: metade se movendo, metade segurando; metade dizendo sim, metade dizendo não; metade amando, metade odiando. Você é um reino dividido, existe um conflito constante dentro de você. Você diz alguma coisa mas aquilo nunca é o que você quer dizer, porque o oposto está ali impedindo, criando uma barreira...

A mente entra quando você está dividido. A mente se alimenta com a divisão. É por isso que Krishnamurti segue dizendo que quando o observador se torna o observado, você está em meditação...

Sempre que a mente entra, ela entra como uma força controladora, um administrador. Ela não é o mestre, ela é o administrador. E você não chega até o mestre se o administrador não for colocado de lado. O administrador não permite que você alcance o mestre, o administrador sempre se mantém de pé diante da porta, controlando. E todos os administradores administram mal - a mente tem feito um grande trabalho de má administração...

Lao Tzu disse: quando não havia nem um simples filósofo, tudo se resolvia, não haviam perguntas e todas as respostas estavam disponíveis. Quando os filósofos surgiram, as perguntas vieram e as respostas desapareceram. Sempre que há uma pergunta, a resposta está muito longe. Sempre que você pergunta, você nunca obtém a resposta, mas quando você pára de perguntar, você descobrirá que a resposta sempre esteve ali...

O que é felicidade? Felicidade é a sensação que surge em você quando o observador se torna o observado. Felicidade é a sensação que surge em você quando você está em harmonia, não fragmentado, uma unidade, não desintegrado, não dividido. Essa sensação não é algo que vem de fora. Ela é a melodia que cresce em você a partir da sua harmonia interior...

O sol está nascendo... de repente você olha e o observador não está ali. O sol não está ali e você não está ali. Não há nenhum observador e nenhum observado. Simplesmente o sol está nascendo e a sua mente não está ali para controlar. Você não vê e diz: "o sol está lindo". No momento que você disser, a felicidade foi perdida. Então já não existe nenhuma felicidade, ela já se tornou passado, ela já se foi.


De repente você vê o sol nascendo e aquele que vê não está ali, aquele que vê ainda não entrou, ainda não se tornou um pensamento. Você ainda não olhou, não analisou, ainda não observou. O sol está nascendo e ali não existe ninguém, o barco está vazio, existe felicidade, um vislumbre. Mas a mente imediatamente entra e diz "o sol está lindo, esse nascer do sol está lindo". A comparação entrou e a beleza foi perdida.

Aqueles que sabem, dizem que sempre que você diz: "eu te amo" para uma pessoa, o amor foi perdido. O amor se foi porque o amante entrou. Como pode existir amor quando a divisão, o controlador entra? É a mente que diz: "eu te amo", porque, na verdade, no amor não existe nenhum eu e nenhum tu. No amor não existem indivíduos. O amor é uma fusão, uma dissolução, eles não são dois.

O amor existe, não os amantes. No amor, o amor existe, não os amantes, mas a mente entra e diz: "eu estou amando, eu te amo". Quando o "eu" entra, a dúvida entra, a divisão entra e o amor não está mais ali.

Muitas vezes em meditação você tem alguns vislumbres. Lembre-se: sempre que você sentir tais vislumbres, não diga: "quão belo é", não diga "quão amoroso é", porque é assim que você perde o vislumbre. Sempre que o vislumbre vier, deixe que ele esteja ali...Quando em meditação você tiver um vislumbre de algum êxtase, deixe que ele aconteça, deixe-o ir fundo. Não divida a si mesmo. Não faça qualquer declaração, senão o contato será perdido.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Talking with theory

Este post de hoje se concentra nas premissas que inspiraram o liberalismo no momento de criação da disciplina acadêmica. Deixemos para outro dia a apreciação de Norman Angell e Keyne.

Em plena Idade Média já se pensava em um mundo como poderia ser, sobretudo, idealizava-se um mundo pacífico. Marsílio de Pádua, ao escrever O defensor da Paz, objetiva demonstrar como alcançar a paz e como mantê-la. Esforçou continuado com Thomas More em A Utopia, na qual ele descreve uma ilha constituída por 54 cidades, cujos habitantes vivem em plena harmonia e repudiam a guerra com fervor por causa da brutalidade e selvageria que ela acarreta. Dois séculos mais tarde, Abade de Saint-Pierre, em seu Projeto para tornar perpétua a paz na Europa, defende que os valores comuns apresentam-se como a base para a integração e paz, sendo necessária a assinatura de um Tratado de União e a formalização de um Congresso Perpétuo entre as soberanias católicas da Europa.


No século XVII, o liberalismo se fez presente no surgimento do Estado liberal moderno. John Locke depositou grande crença num Estado que garantisse a liberdade individual para o progresso da sociedade moderna. Nesse período, Rousseau surgiu como um dos grandes expoentes do pensamento liberal. Ele criticou o projeto de paz de Abade de Saint-Pierre, afirmando que este não levou em consideração o regime político interno e a paz era indissociável a uma união de pequenos Estados democráticos.


No espírito de Rousseau, Immanuel Kant escreve em 1795 A Paz Perpétua, uma obra na qual ele delineia três artigos definitivos para paz: 1) republicanismo democrático; 2) união federalista de Estados; e 3) cosmopolitismo. Para Kant, é necessário um governo representativo internamente que defenda seus cidadãos, uma federação de Estados que prime pelo direito internacional e o tratamento hospitaleiro aos estrangeiros. Esta combinação de fatores seria a maneira de assegurar a paz perpétua.


Entre a razão e a paixão, os idealistas clássicos argumentam que os homens são naturalmente bons, cooperativos e pacíficos, e que com os incentivos corretos eles poderiam preservar sua natureza. A razão lhes ensinaria a insanidade das guerras e a paixão lhes daria a possibilidade de construir um mundo “perfeito”, mantendo o comércio, valores comuns e a paz. Por muito tempo acreditou-se que era possível mudar as relações internacionais de modo aproximá-las de como os indivíduos as idealizavam. A sociedade contemporânea ainda não perdeu essa crença.

Fonte : Ivan Boscariol ( Hubber )

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Te Aguardo neste Evento !!!!

www.tendenciapsi.com


Viva a Língua Portuguesa !


Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no
elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos
bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino
singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.
Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito
oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes
ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num
lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se
insinuar, a perguntar, a conversar.
O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno
índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou
o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco
tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a
se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do
substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu
aposto.
Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética
clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um
hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando
ele começou outra vez a se insinuar.
Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente
chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num
transitivo direto.
Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu
ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um
período simples passaria entre os dois.
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não
perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro
que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às
vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.
Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos
e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa
próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.
Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um
perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu
grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.
Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele
tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se
encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.
Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica,
o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na
história.
Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo
o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal.
Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto.
Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele
predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez
mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo
claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto
abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e
culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois
dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na
história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e
voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo
feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Switzerland 2010

Newseum.org

Pessoal acessem sempre que puderem esse link do Newseum.org, que traz capas de jornais do mundo todo. Sempre que um grande acontecimento une a população mundial vale a pena conferir para ver como os periódicos deram a notícia. Os momentos mais marcantes são marcados pelo uníssono dos jornais de todas as línguas.
Aqui o apanhado de algumas capas de diferentes jornais do mundo inteiro falando do resgate milagroso dos mineiros do Chile.
E parafraseando a queridíssima Rosana Hermann.
Um beijo, um browse, um aperto de mouse.
M@d@

quarta-feira, 6 de outubro de 2010


Do Ponto de Luz na mente de Deus,
Que flua Luz à mente dos homens, e que a Luz desça à Terra.
Do ponto de Amor no coração de Deus,
Que flua Amor aos corações dos homens e Cristo retorne à Terra.
Do centro onde a vontade de Deus é conhecida,
Que o propósito guie as pequenas vontades dos homens,
O propósito que os Mestres conhecem e servem.
Do centro a que chamamos a raça dos homens,
Que se realize o plano de Amor e de Luz
E feche a porta onde se encontra o mal.
Que a Luz, o Amor e o Poder,
Restabeleçam o Plano Divino sobre a Terra,
Hoje e por toda a Eternidade.
Amém! Amém! Amém!

Vencerás

Não desanimes. Persiste mais um tanto. Não cultive pessimismo. Esquece as sugestões do medo destrutivo. Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros. Avança ainda que seja por entre lágrimas. Trabalha constantemente. Edifica sempre. Não consintas que o gelo do desencanto te entorpeça o coração. Não te impressione a dificuldade. Convence-te de que a vitória espiritual é construção para o dia-a-dia. Não desista da paciência. Não creias em realização sem esforço. Silêncio para a injúria. Esquecimento para o mal. Perdão às ofensas. Recorda que os agressores são doentes. Não permitas que os irmãos desequilibrados te destruam o trabalho ou te apaguem a esperança. Não menosprezes o dever que a consciência te impõe. Se te enganaste em algum trecho do caminho, reajusta a própria visão e procura o rumo certo. Não contes vantagens, nem fracassos. Estuda buscando aprender. Não te voltes contra ninguém. Não dramatizes provocações ou problemas. Conserva o hábito da oração para que se te faça luz na vida íntima. Resguarda-te em Deus, persevera no trabalho que Deus te confiou. Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar. Age auxiliando. Serve sem apego. E assim vencerás. Emmanuel by Francisco Cândido Xavier

@rvore x @mizade

Uma árvore não dá as costas para ninguém. Ao dar a volta em torno dela, sempre estará de frente para você. Assim são os amigos de verdade, como nossos pais que não importa o tempo e a distância, sempre estarão esperando por nós.

Os chineses costumam dizer que a árvore plantada com amor, nenhum vento a derrubará. A amizade sincera também.

Quem planta árvores, cria raízes. Quem cultiva bons amigos, também. Assim como os amigos, as árvores produzem beleza para os olhos e os ouvidos, na mudança sutil de suas cores. Sombra que varia com o dia, que avança e faz cariados rendados de luz semelhantes à estrelas.